Disseram-lhe que ele não tinha nada
Que sua vida tristonha, abandonada
Era o horror da miséria, a ferida do mundo
Que era um pobre vivente a vagar pela rua
Que nasceu no descuido da noite sem lua
Que era um pobre somente – um pobre vagabundo.
Ele olhou para o alto e nem fez escarcéu
Lançou seus pensamentos a próximos infinitos
Com os olhos fitos no céu – e sorriu.
Ninguém sabe o que olhou, ninguém sabe o que viu...
Pensou talvez numa grande riqueza
Que nem todos os olhos podem divisar
Pela sua infinita grandeza:
Ele tinha um tesouro – da natureza!
Era seu aquele sol tão quente
Que todo dia trazia uma aurora e um poente,
Era sua aquela lua que do alto brilhava a iluminar caminhos,
Era seu o cantar dos passarinhos
As montanhas e os rios,
Os oceanos e os mares que abraçam todas as terras
Num amplexo de amor profundo;
Ele também podia sentir essas terras em seus braços,
Então era dono do mundo!
E chamaram-no pobre, somente:
Um pobre vagabundo?
- Que gente pobre, meu Deus, há neste mundo!!!
Olavo Bahia Neves
(Inspirado num mendigo que morava embaixo da ponte Buarque de Macedo, em Recife-PE, e dizia ser o dono do rio Capibaribe.)
Aquele que acredita na mentira dos "outros" está a mentir para si.
ResponderExcluirA maior pobreza É a cegueira para o Amor Divino.
O homem que tem em sí, DEUS, que mais precisa?
Olá prof:. Olavo,
Prazer imenso em reve-lhe ,aqui na rede!!!
Que Bom, Sejas Bem vindo.
Fraternais amplexos
Julimar Jacson Costa.